Centro Cirúrgico

A toxina botulínica tem uma vasta aplicação dentro da oftalmologia, desde procedimentos estéticos para amenizar rugas de expressão, a blefaroespasmos e estrabismos. Sempre que nos expressamos, rimos ou choramos, os músculos da face se contraem. Com o passar do tempo, a atividade de frequente contração destes músculos resulta no desenvolvimento de linhas de expressão profundas, tais como as linhas da testa, os “pés-de-galinha”, os vincos entre as sobrancelhas… Depois de anos de contração da musculatura facial, essas linhas de expressão começam a se unir e ficar mais pronunciadas.

O tratamento com Botox consiste em injeções de pequenas quantidades da toxina botulínica em varias áreas da face. A testa e região glabelar (entre os olhos) são geralmente as mais requisitadas para aplicação do produto. Seu médico irá determinar os locais exatos de aplicação do Botox, ao examinar sua capacidade de movimento da musculatura facial. Em um tratamento não cirúrgico, em ambiente ambulatorial de aproximadamente 15 minutos. Os resultados da aplicação de Botox duram até 4 meses em media, que corresponde ao período que a toxina botulínica irá atuar paralisando a musculatura desejada.

Dizem que os olhos são a janela da alma e que se pode dizer tudo com um simples olhar. Eles projetam os sentimentos de uma pessoa, suas emoções, alegrias ou tristezas. Porém, devido ao envelhecimento, pode haver falsa impressão de que se está cansado ou deprimido, baseada na aparência da região ocular. A exposição solar e predisposição genética são fatores contribuintes. Estas alterações físicas podem gerar não só ansiedade e preocupação estética como até mesmo alterações no campo visual. A cirurgia chamada Blefaroplastia visa corrigir ou amenizar muitos destes problemas. Ela pode ser realizada nas pálpebras superiores e/ou inferiores e consiste na remoção de pele e/ou músculo e bolsas de gordura, além do reposicionamento destas estruturas.

A oftalmologia é, sem dúvida alguma, uma das áreas dentro da medicina que mais avançou os últimos anos. Do uso de óculos e lentes de contato entramos na era da correção do grau do paciente através do laser. Hoje, é possível corrigir o grau (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) com uma precisão nunca imaginada. Com os novos instrumentos, a necessidade de retoques caiu significativamente e a qualidade visual após o procedimento melhorou bastante. O paciente deve ser maior de dezoito anos, ter grau estável e não apresentar outras doenças oculares, como o ceratocone. Algumas doenças sistêmicas e gravidez também são contra - indicações para o procedimento. Além disso, um estudo detalhado da córnea do paciente é muito importante para saber quem são os pacientes que se beneficiarão com o procedimento. A avaliação clínica pré-operatória ainda é essencial para o sucesso cirúrgico.

Cataratas iniciais, quando não causam baixa de visão ou não colocam em risco a saúde ocular (como inflamação ou aumento da pressão do olho), podem ser acompanhadas clinicamente. Entretanto, quando a catarata começa a atrapalhar seu dia a dia, impossibilitando atividades básicas, a correção cirúrgica é a única opção para recuperação da capacidade visual.

Infelizmente, não existe tratamento eficaz com colírios. Apesar de ser uma microcirurgia muito sofisticada e requerer grande habilidade do oftalmologista que a realiza, a cirurgia de catarata é bastante segura e rápida. O paciente recebe alta em pouco tempo após ser operado. Na cirurgia, o médico faz uma incisão mínima de cerca de 2,7 mm, por onde remove a catarata pela técnica moderna da Facoemulsificação. No final da cirurgia, introduz-se uma lente artificial que substitui o cristalino doente.

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A cirurgia de glaucoma tem como objetivo diminuir e controlar a pressão ocular, evitando o aumento das lesões no nervo óptico. Consequentemente, ajuda a preservar a acuidade visual. A cirurgia é indicada para os casos em que a pressão ocular não consegue ser controlada com o uso de medicamentos. A cirurgia não causa dor, pois é aplicada anestesia. No pós-operatório, o paciente pode apresentar certo desconforto, como sensação de olho seco ou como se tivesse um pequeno grão de areia nos olhos.Como em todo procedimento cirúrgico, podem ocorrer complicações, que irão depender da gravidade do glaucoma. Porém, os riscos são muito baixos em comparação aos benefícios. O glaucoma é uma doença crítica que, se não tratada ou operada, leva à cegueira total e definitiva.

Quando o pterígio for muito elevado, causando irritação ocular constante, ou quando o crescimento sobre a córnea ultrapassa 2,5 mm, pode ser necessário remoção por cirurgia. Se negligenciado, o pterígio pode, ocasionalmente, aumentar ainda mais, encobrindo parcial ou totalmente o eixo visual. A indicação do oftalmologista pela realização da cirurgia é feita quando há ameaça real à visão ou se esta já se encontra comprometida. Uma vez decidida a remoção do pterígio, temos optado pela técnica cirúrgica que utiliza o transplante de membrana, que abrange a remoção do pterígio e a reconstrução com transplante. Esta técnica proporciona bons resultados estéticos e taxas de recidiva muito baixas se comparada à técnica antiga, com muito menos dor no pós-operatório.

O Ceratocone é uma doença que afeta a córnea, estrutura transparente, externa do olho. Nesta doença, a córnea torna-se progressivamente mais fina e irregular, resultando em distorção e embaçamento das imagens. Até pouco tempo atrás, o transplante de córnea era o único tratamento curativo para o ceratocone. Atualmente um novo e revolucionário tratamento vêm mudando a história desta doença: o Cross-linking.

Esta é a primeira possibilidade real de tratamento clínico do ceratocone. O objetivo é estacionar e impedir a progressão da doença. O Cross-linking causa um “fortalecimento” da córnea, que para então de abaular, o que permite que muitos pacientes permaneçam em estágios iniciais, evitando a evolução para transplante de córnea. O tratamento com Crosslinking clássico é realizado com anestesia tópica (colírio). Faz-se uma raspagem superficial da córnea e aplica-se uma gota de colírio de riboflavina a cada 5 minutos, por 30 minutos. O olho a ser tratado é exposto durante 30 minutos a luz ultravioleta específica.

Completado este período coloca-se uma lente de contato especial até que o olho cicatrize por completo. Existe ainda a forma rápida de tratamento (10 minutos), indicada para casos específicos. O objetivo do tratamento não é corrigir o grau e sim evitar que a doença piore. Quanto mais cedo for realizado o tratamento, melhores os resultados. O ceratocone atualmente deixou de ser um vilão imbatível. Existe tratamento sem que seja o transplante e vários pacientes podem continuar com boa visão com o diagnóstico e tratamentos precoces. Esta nova técnica traz, pela primeira vez, esperanças de evitar a progressão da doença.

A injeção intravítrea de Bevacizumab(Avastin®), Ranibizumab (Lucentis®) e ou Aflibercepte (Eylia®)) tem sido aplicada de maneira rotineira intraocular no Brasil, pois várias pesquisas publicadas nacional e internacionalmente apontam para seus reais benefícios para o tratamento e controle de determinadas doenças da retina e coróide, sendo as principais: degeneração relacionada à idade (DMRI) tipo exsudativa, retinopatia diabética, edema macular, oclusão venosa da retina, dentre outras. A degeneração macular relacionada à idade é a maior causa de cegueira em pacientes após os 55 anos, pode apresentar casos sangüíneos anômalos, que aparecem debaixo da retina, que podem ser tratados com laser numa tentativa de se prevenir uma acentuada perda da visão.

Até pouco tempo atrás, praticamente nada se podia fazer em casos de DMRI exsudativa. Com o advento recente dos anti angiogênicos, é possível reduzir a progressão dessa doença, e até mesmo melhorar a visão. Complicações sérias da injeção intravitrea são raras, sendo um procedimento seguro, mas, como toda cirurgia, apresenta riscos. A possibilidade de recuperação visual varia e não é possível assegurar um valor ou porcentagem ao paciente, dependendo da resposta orgânica que é característica individual.

O laser de retina Hyalus Green Laser combina alta tecnologia e design ergonômico, o que proporciona alta performance e versatilidade ao utilizado para o tratamento de inúmeras doenças retinianas, dentre as principais, destaca-se a retinopatia diabética, oclusões das artérias e veias da retina, hemorragias retinianas, degenerações periféricas, edemas maculares, roturas de retina e glaucoma crônico (trabeculoplastia).

O emprego do laser é a forma mais efetiva e utilizada para o tratamento da retinopatia e maculopatia diabética. A retinopatia diabética é a maior causa da cegueira em pacientes abaixo de 55 anos e a segunda maior causa de cegueira independentemente da idade. Tanto o diabetes como as oclusões vasculares (trombose da veia da retina) podem fazer com que os vasos retinianos extravasem líquido ou sangue, além da formação de vasos anormais que podem causar hemorragias e descolamentos de retina. A maioria das retinopatias diabéticas, quando diagnosticadas precocemente, podem ser tratada com laser para prevenir a perda da visão. Ao contrário da crença da população, o laser, quando realizado na hora certa, não causa cegueira.

Muitos pacientes atribuem erroneamente ao laser a cegueira que o diabetes causa. O que ocorre nesses casos é que a doença está tão avançada que nem o laser consegue deter sua progressão. A aplicação do laser é muito segura e efetiva. Para se obter um tratamento adequado são necessárias várias sessões de laser. O objetivo principal do laser é impedir a progressão da retinopatia diabética. No caso de edema (inchaço) da retina, o laser, dependendo do grau de comprometimento da mácula, pode reduzir esse edema e melhorar a visão.